sexta-feira, 31 de agosto de 2012

OFICINA: CONFECÇÃO DE MÁSCARAS DO BOI BUMBÁ



      A LENDA DO BUMBA MEU BOI






Esta é uma história de vontade.
Numa fazenda de gado do Rio São Francisco morava e trabalhava um casal de escravos: Francisco e Catirina. 
Certo dia Catarina ficou grávida.
Numa noite em que a lua prateava o pasto, Catirina gemeu para o marido:
- Estou com desejo de comer língua de boi.
- Vontade de grávida é uma ordem. – Disse Francisco. – Mas os bois não são nossos, você sabe mulher!
Naquela mesma hora, não é que apareceu um boi enorme, branco e gordo?
- De quem é, de quem não é? -  Perguntava Catirina.
Francisco entrou para dormir, mas Catirina foi atrás do boi. Ela tinha um olhar comprido que dava pena.
- Quem me dera comer língua de boi!... Dizia Catirina.
Francisco então saiu e matou o coitado. Cozinhou a língua e pôs fim ao desejo da mulher. Chamou depois os vizinhos e repartiu o resto:
- A pá é pro Itamá. A peitança pro seu Vilaça. Pro meu sobrinho Dodato, o costaço. Pro seu Antônil, o pernil...
Só sobraram os chifres e o rabo, que ninguém quis.
Passaram-se dias e o dono da fazenda cismou de ver o rebanho:
- Cadê o boizão, aquele que eu trouxe do Egito?
O feitor procurou pela fazenda inteira e deu a notícia:
- Sumiu.
- Sumiu? Como?
Um escravo que tinha visto Francisco fazer a repartição do boi e como não tinha ganhado nada, contou:
- Vi o Chico matando ele.
O amo caiu no choro. Era um  homem feroz, mas triste.
- O meu boi Barroso que veio do Egito em caravela!...
         Dava dó.
- Vou consolar o amo. – Disse Francisco, quando soube.
- Está louco? – Falou Catirina. –É melhor fugir.
O pobre do amo olhava triste o que restara do boi: o esqueleto com rabo e os chifres.
Mandou buscar curandeiros em todas as partes.
O primeiro olhou, olhou e disse:
- Tá morto, mas vou  deixar  uma lista de remédios. Com três dias ele arriba.
De fato. No terceiro dia o boi deu um pum. Foi só.
Rezaram, cumpriram penitências. Nada. Dessa vez nem um traque.
Alguém se lembrou de um pajé.
Ele chegou com ervas e uma coleção de sapos secos. Acendeu o cachimbo e baforou nos restos do boi. Também nada.
- O meu boi morreu ! ! !  - Chorava o amo. – O que será de mim? 
          - Manda buscar outro. – Sugeriu  o feitor. – Lá no Piauí.            
         Ninguém queria entender o sofrimento de um homem tão rico.
         Enquanto isso, Francisco e Catirina estavam escondidos perto de uma cidade chamada Montes Claros e acabaram sabendo que um fazendeiro assim, morria de paixão por um boi assassinado.                                                                                  
- Se eu soubesse, disse suspirando Catirina, não teria pedido língua de boi naquela
noite.
         - E se eu soubesse, falou Francisco, não teria  realizado o seu desejo.
         O menino que tinha nascido e já estava grandinho, chamado Mateus, estava ouvindo a conversa.
- Meu pai, minha mãe, eu resolvo o caso.
Chegaram na fazenda. Francisco e Catirina ainda estavam  com medo do castigo. O   amo, porém, só tinha olhos para chorar.
Os escravos há muito tempo não faziam mais nada.
Lá estavam os restos do boi no terreiro: o esqueleto com o rabo e os chifres. Mateus levantou o rabo do boi e espiou lá dentro. Ninguém sabe o que ele viu. Assoprou três vezes.
O boi viveu. Saiu chifrando quem estava perto. O amo não cabia em si de alegria. Pulava e abraça os escravos. Perdoou Francisco e Catirina.


                 CONFECÇÃO DO BUMBA MEU BOI

Como que fazer o corpo do boi:

Pegue uma caixa de papelão grande e achatada, corte o fundo em forma de círculo ou oval. Pinte a caixa de preto e decore com criatividade. Cole crepom em toda a volta da caixa (saia do boi). Corte tiras de crepom de várias cores, cole no meio de um retângulo de papelão. Enrole e pinte de preto. Fure um lado da caixa de papelão e encaixe o rabo do boi. Cabeça do boi  - Pegue uma caixa de papelão menor, achatada, faça um corte chanfrado e cole o papelão (narinas). Corte os chifres do boi em papelão e cole na parte superior da cabeça. Faça um triângulo em papelão e cole unindo o corpo e a cabeça do boi. Pinte tudo e cole os olhos do boi. Faça quatro furos na parte superior do corpo do boi, introduza uma fita de cada lado e amarre por dentro (alças).

Como brincar:

Faça a encenação da lenda. Na apresentação, o "boi" convida todos que estão em volta assistindo para que dancem junto com os personagens que encenaram a peça e tudo vira uma grande brincadeira póis o boi vai por cima da platéia como se fosse chifrar.


 












Olha ai a coordenadora Edlene,finalizando a construção do boi bumbá.

NÃO ficou uma graça !!!
                                      Parabéns Lena continue assim !!!















Veja a professora Evadjane,toda orgulhosa com sua turma ,com mais uma atividade de sucesso.
A escolha da oficina não poderia ter sido melhor,ao escolher o BUMBA MEU BOI, como
personagem principal,tudo ficou mais fácil,os alunos gostaram da lenda e se empolgaram bastante,
com a construção das máscaras do boi,que foi especialmente confeccionada para o evento da
culminância do projeto:FOLCLORE BRASILEIRO "Conhecendo Novos Saberes"no qual a turminha do 4º ano "B" apresentará a dança do bumba meu boi.




PARABÉNS PROFESSORA!!!

VALEUUUUUU !!!


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